Caso Renato Nery: Justiça mantém prisões de policiais militares suspeitos de envolvimento no assassinato de advogado em Cuiabá
06/03/2025
(Foto: Reprodução) Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso e Jorge Rodrigo Martins foram presos nesta quinta-feira (6). Heron Teixeira Pena Vieira está foragido. Advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, morreu após ser baleado na frente do escritório em que trabalhava, em 2024
Divulgação
A Justiça manteve as prisões dos quatro policiais militares alvos da Operação Office Crimes: A Outra Face, que investiga o homicídio do advogado Renato Gomes Nery, em Cuiabá. Eles foram presos nesta quinta-feira (6).
Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso e Jorge Rodrigo Martins passaram por audiência de custódia e tiveram a prisões temporárias mantidas por 30 dias.
O g1 tenta localizar a defesa dos policiais citados.
Saiba quem são policiais militares presos por envolvimento no assassinato de advogado em Cuiabá
O caseiro, apontado como executor do crime, também foi ouvido e teve a prisão mantida.
O quinto policial com mandado de prisão decretada foi identificado como Heron Teixeira Pena Vieira e está foragido. A polícia tenta descobrir qual era o papel de Heron na dinâmica do crime.
Os policiais presos na operação são representados pela Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
A associação informou que está dando apoio jurídico aos envolvidos e colocou um perito criminal à disposição para eventual análise da perícia realizada na arma encontrada. A associação também afirmou que acredita na inocência dos envolvidos.
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Assassinato de Renato Nery
Advogado é baleado durante atentado em frente a escritório de Cuiabá
Renato foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto.
Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão (veja acima).
O delegado Bruno Abreu Magalhães disse que a perícia colheu informações no escritório da vítima e analisou imagens para tentar identificar o atirador. O celular de Renato também foi apreendido.
"É um caso de execução. Esse executor já estava esperando a vítima. Ele [advogado] sai do carro e quando chega próximo ao escritório é atingido", disse o delegado.
O advogado morreu um dia após ser baleado. O corpo dele foi sepultado em Cuiabá, na manhã do dia 7 de julho. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens.
Ele foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e conselheiro Federal da OAB, na gestão 1989 – 1991.